Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais e Instituto Unibanco realizam seminário de ampliação do Programa Jovem de Futuro
A partir de 2021, o Jovem de Futuro está presente em mais de 1.900 escolas do estado
No dia 18 de dezembro, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) e o
Instituto Unibanco promoveram o 2º Seminário de Gestão Educacional do Ensino Médio:
ampliação do Jovem de Futuro. O encontro online, que reuniu mais de 2.400 espectadores,
discutiu a adoção de estratégias para a melhoria da aprendizagem dos estudantes no Ensino
Médio, por meio da ampliação do Programa Jovem de Futuro no estado, parceria entre SEE-
MG e Instituto no âmbito do Gestão pela Aprendizagem.
Com abertura de Julia Sant'Anna, secretária de Educação de Minas Gerais, e mediação de
Flávia Costa, gestora de implementação do Instituto Unibanco, o encontro contou com as
palestras de Ricardo Henriques, superintendente-executivo do Instituto Unibanco, e Geniana
Faria, subsecretária de Educação Básica da SEE-MG. Sandra Maria Vieira de Melo Barboza,
diretora educacional da SRE Varginha, e Wagner Tadeu Alves, diretor da Escola Estadual
Professora Maria Rita Lisboa Pereira Santoro participaram do seminário com relatos de sua
experiência na implementação da iniciativa.
Julia Sant’Anna destacou a importância da ampliação do Jovem de Futuro para melhoria do
processo de aprendizagem na rede. Em 2021, serão incluídas 11 Superintendências Regionais
de Ensino (SERs) no programa, totalizando 1.928 escolas parceiras do programa. A meta é que
em 2022 o projeto seja implementado em toda a rede.
“Esse programa vem nos ajudando a melhorar o processo de gestão, priorizando as ações voltadas para o Ensino Médio. Essa fase [de ampliação] tem uma importância muito grande para a definição do futuro dos nossos jovens”, afirmou.
Em seguida, Ricardo Henriques apresentou o histórico do Jovem de Futuro e seus impactos na
Educação Básica, desde a sua criação em 2007. Ao longo destes anos, a iniciativa já foi
implementada em 11 redes estaduais de ensino, contemplando 3,6 milhões de estudantes e
16 mil profissionais de educação.
Henriques destacou quatro impactos mais importantes diagnosticado em escolas que
vivenciaram a agenda do Jovem de Futuro: aumento da aprendizagem de 26% em língua
portuguesa e 13% em matemática no Ensino Médio; aumento de 1,4 ponto na taxa de
aprovação dos estudantes; redução de 4,2 pontos no percentual de alunos com nível crítico de
aprendizagem; e melhoria de 0,6 pontos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
(IDEB) das escolas mais vulneráveis.
“Essa parceria entre Secretaria de Educação de Minas Gerais e Instituto Unibanco tem uma visão ousada de fazer com que o ensino público do estado, em especial o Ensino Médio, seja capaz de se transformar em referência de educação pública de qualidade efetivamente para todos. É essa a expectativa que temos de um ciclo de integração e parceria para os próximos anos”, disse.
Geniana Faria, subsecretária de Educação Básica, afirmou que o estudante deve ser o
protagonista no processo de aprendizagem, pontuando que uma boa gestão escolar deve estar
atenta aos dados da escola e da comunidade e ser capaz de repensar as estratégias e as ações
de trabalho baseadas nesses dados.
“O método do Circuito de Gestão, desenvolvido pelo programa Jovem de Futuro, nos ajuda a olhar para aquilo que nós planejamos e a refletir sobreo que precisamos alterar no nosso percurso, para sermos mais assertivos no processo de aprendizagem. É muito importante para a gestão ter clareza de onde se quer chegar e quais ações precisam ser desenvolvidas”, explicou.
Após as palestras, foi a vez de Sandra Maria Vieira e Wagner Tadeu Alves compartilharem suas
experiências na implementação do Jovem de Futuro. Para ela, o maior aprendizado nessa
vivência foi perceber a o quão valioso é o exercício da autoavaliação e da mudança de rotas e
de estratégias dentro das escolas.
“O Circuito de Gestão propõe o exercício de a escola olhar os problemas que ela tem. As nossas escolas já fazem coisas maravilhosas e tentam, de todas as maneiras, superar os problemas. Mas às vezes falta organização e metodologia. O programa nos traz o apoio técnico e de formação para realizar este processo de forma mais eficiente”.
Wagner, por sua vez, trouxe sua vivência na diretoria de uma escola parceira do Jovem de
Futuro. A partir da implementação do programa, instituiu ações para uma gestão mais
eficiente, como a escuta ativa dos alunos.
“Nós iniciamos no grupo gestor um trabalho muito importante, o da escuta. Implementamos na escola a dinâmica das rodas de conversas, um espaço para o estudante falar com a gestão de forma madura. A partir disto, repensamos nossa atuação da escola, com a revisão do regimento escolar e da proposta política pedagógica”, destacou.
O 2º Seminário de Gestão Educacional do Ensino Médio: ampliação do Jovem de Futuro está
disponível em https://youtu.be/BeSSlXa8WuY.