PEDRO MOREIRA SALLES

Presidente do Conselho de Administração

No caminho certo

De acordo com os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2017, divulgados em setembro de 2018, o Ensino Médio se mantém em situação de extrema fragilidade. A crise de proficiência é muito grave: mais de 70% dos estudantes avaliados apresentaram nível insuficiente de aprendizado em Matemática e em Língua Portuguesa.

 

E se por um lado a divulgação do indicador revela que ainda temos uma longa jornada a ser percorrida, por outro, também nos permitiu colher um importante resultado do nosso trabalho.

 

Os estados parceiros do programa Jovem de Futuro – Ceará, Espírito Santo, Goiás, Piauí e Rio Grande do Norte – apresentaram crescimento no Ideb no período 2015-2017. Os três primeiros ficaram entre os quatros melhores estados no ranking do País, confirmando, confirmando que a gestão focada em resultados de aprendizagem é uma estratégia capaz de garantir mais qualidade à educação e enfrentar a evasão escolar. O bom desempenho dessas redes reitera o impacto positivo de cinco pontos em média na escala do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) em Língua Portuguesa e Matemática, constatado na avaliação de impacto do programa.

 

Iniciado em 2007, o Jovem de Futuro foi criado, implementado e é permanentemente aprimorado apostando no poder transformador da gestão. Por meio de uma parceria sólida com as secretarias estaduais de educação, que não envolve qualquer transferência de recursos financeiros, atores das diferentes instâncias da rede (órgão central, regionais e escolas) desenvolvem ações coordenadas visando um objetivo comum: a garantia do direito à aprendizagem.

 

Além da corresponsabilização, o programa propõe o aprendizado a partir da prática. Acreditamos que ao reconhecer e dar visibilidade a boas práticas de gestão damos condições para o surgimento de novas iniciativas, nas escolas e nas secretarias, que possam lançar luz sobre os processos de aprendizagem e produzir evidências que apoiem os gestores na tomada de decisões.

 

A educação é estratégica para o desenvolvimento do Brasil e, acima de tudo, um direito inalienável. E a responsabilidade sobre os caminhos para melhorar a educação pública precisa ser compartilhada por todos nós – famílias, sociedade civil organizada, poder público e setor privado. Esse é o caminho para construirmos políticas educacionais transformadoras e reparadoras das desigualdades históricas de nosso País.

 

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RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2018
No caminho certo